terça-feira, 9 de novembro de 2010

curriculo e metodologia

VI – CURRÍCULO E METODOLOGIA

A maioria das propostas possuem concepção da criança como um ser social, psicológico e histórico, com um referencial teórico que defende uma educação democrática e transformadora da realidade com o objetivo maior de formar cidadãos críticos e atuantes na sociedade (Concepção sócio-histórica).
Seguindo as Diretrizes Municipais de Educação de Araucária, ao se tratar de currículo é preciso tematizar o lugar do outro nas concepções pedagógicas, destacar as relações de inclusão ou exclusão e realizar a análise crítica e radical da sociedade.
A reflexão sobre o currículo e as metodologias constitui-se um dos temas centrais dos projetos pedagógicos das escolas que demonstram a consciência de que os currículos não são conteúdos prontos a serem passados aos alunos. E sim, uma construção e seleção de conhecimentos e práticas produzidas em contextos concretos e em dinâmicas sociais, políticas e culturais, intelectuais e pedagógicas. Conhecimentos e práticas expostos às dinâmicas e reinterpretados em cada contexto histórico.
O currículo tem de ser pensado de forma que colabore para a formação da consciência crítica buscando o desenvolvimento global dos indivíduos.
As disciplinas escolares e a forma como serão trabalhadas (metodologia) devem ser organizadas em prol da realidade sócio-histórico-cultural para atender os educandos, onde a escola não está a serviço da sociedade capitalista.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (nº9394/96), em seu artigo 26 rege que “os currículos do Ensino Fundamental e Médio devem ter uma base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, de cultura, de economia e de clientela”.
Com a perspectiva de atender os desafios postos pelas orientações e normas vigentes, é preciso olhar de perto a escola, seus sujeitos, suas complexidades e rotinas e fazer indagações sobre suas condições concretas, sua história, seu retorno e sua organização interna, através de interação dialógica entre a escola e a comunidade.
Segundo Frigotto o currículo deverá abranger todas as práticas pedagógicas que acontecem nas escolas (e CMEI's), além do saber científico produzido e sistematizado, pois é este que garante a formação crítica e integral do educando, respeitando a especificidade de cada nível e modalidade de ensino. Todo currículo deve ser fundamentado na interdisciplinaridade.
A interdisciplinaridade possibilita o trabalho coletivo evitando a fragmentação de conteúdos, tendo como ponto de partida a prática social do aluno para levá-lo ao conhecimento científico, possibilitando ao mesmo tempo a reflexão e a transformação da realidade.
As discussões no Brasil levaram a implantação de uma política de ampliação do ensino fundamental de oito para nove anos de duração, exigindo tratamento político, administrativo e pedagógico, uma vez que o objetivo de um maior número de anos no ensino obrigatório é assegurar a todas as crianças um tempo mais longo de convívio escolar, com maiores oportunidades de aprendizagem. A restruturação do ensino fundamental trouxe a flexibilidade no tempo e espaço para a formação integral do aluno, respeitando o seu desenvolvimento. Dispositivos de pedagogia diferenciada iniciaram-se e novas metodologias entraram em ação, através da flexibilização de encaminhamentos.
Vale lembar que a LDB em seu artigo 32 segure a ampliação gradativa do tempo e permanência do aluno na escola.
A Lei nº10172/01, do Plano Nacional de Educação, propõe o Ensino Fundamental de 09 anos de duração e ingresso obrigatório aos seis anos de idade do ano corrente.
Através do Parecer 06/2005 a Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação, segundo a legislação vigente estabelece normas nacionais para a ampliação do Ensino Fundamental para 09 anos, com duas intenções: oferecer maiores oportunidades de aprendizagem no período da escolarização obrigatória e assegurar que ingressando mais cedo no sistema de ensino, as crianças possigam nos estudos, alcançando maior nível de escolaridade.

1) Conteúdos
Conjunto de conhecimentos e formas culturais cuja assimilação e apropriação pelos sujeitos é considerada essencial para o seu desenvolvimento e socialização(COLL, 2000, p.12).
Tendo em vista a resolução Nº02 de 07/04/98 do Conselho Nacional de Educação que instituiu as Diretrizes Curriculares Nacionais, Diretrizes Municipais da SMED, para o Ensino Fundamental, a Escola Municipal Professora Delani Aparecida Alves - Ensino Fundamental, buscará garantir a todos os alunos, acesso a Base Nacional Comum, bem como possibilitar a escola a adaptação da parte diversificada de sua proposta: características sociais, culturais e econômicas de sua comunidade.

De acordo com as Diretrizes Curriculares para a Educação (2004), o currículo desta Escola aborda as seguintes áreas do conhecimento para o Ensino Fundamental:
Língua Portuguesa
Matemática
Ciências
História
Geografia
Educação Física
Artes
Preocupados em formar cidadãos empenhados com a construção de uma sociedade justa, além de inclusiva, serão trabalhados conteúdos da história e cultura dos Afro-brasileiros e dos africanos.

2) Organização dos conteúdos
Devido a efetivação do Ensino Fundamental de Nove Anos, as Diretrizes Curriculares Municipais estão sendo discutidas e analisados pelos profissionais de Educação do Município, só depois de escrita as novas Diretrizes é que se poderá apresentar a lista dos conteúdos das disciplinas e séries.

2.1) Língua portuguesa
Alfabetização é um processo que se inicia antes mesmo de o aluno chegar à escola, mas é essa instituição que tem a responsabilidade formal de fazer com que o aluno se aproprie da linguagem escrita. Hoje, a sociedade exige um cidadão cada vez mais letrado. Saber ler e escrever, ou seja, dominar a tecnologia de codificar em língua escrita (escrever) e de decodificar a língua escrita (ler) não basta, é preciso atingir o letramento. Segundo Magda Soares, “ Letramento é o estado ou condição de quem não só sabe ler e escrever, mas exerce as práticas sociais de leitura e de escrita que circulam na sociedade em que vive, conjugando-as com as práticas sociais de interação oral.” Em outras palavras, é preciso fazer uso das práticas sociais de leitura e escrita, articulando-as ou dissociando-as das práticas de interação oral, conforme as situações. Nessa perspectiva, o papel do professor é muito importante, pois é ele que deverá alfabetizar letrando, ou seja, é ele que deverá ensinar a ler e escrever nos contextos das práticas sociais.
A linguística é a ciência que estuda a linguagem e a filologia a ciência que se ocupa, principalmente, da evolução histórica das línguas, tal como se manifestam nos textos escritos e no contexto literário e cultural associado. Aquela tende a dar prioridade à língua falada e à maneira como ela se manifesta em determinada época. Assim, tem-se a língua como objeto central de estudo e como eixos articuladores: a leitura

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